POLIOMIELITE: Campanha de vacinação termina nesta sexta-feira
Por Amanda Costa, da Agência Saúde – Ascom/MS
Mais
de 12,2 milhões de crianças tomaram as duas gotinhas da vacina. Todos os
menores de cinco anos devem ser vacinados contra a paralisia infantil.
Itamaraju vacinou até o momento, 4.553 crianças menores de cinco anos, isso
corresponde ao índice de 79,86% de cobertura, acima do alcance no estado (79,26%)
e abaixo do índice nacional (88,06%).
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite se encerra nesta sexta-feira (6). Balanço parcial da manhã desta terça-feira (3) aponta que quase 12,3 milhões de crianças em todo o país já foram vacinadas contra a paralisia infantil. O número representa 86,9% do total de crianças de zero a cinco anos. A meta é vacinar 95% do total de 14,1 milhões de crianças nesta faixa etária, o que corresponde a 13,5 milhões. Todas os menores de até 4 anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido vacinadas.
O
desempenho por grupo de idade até o momento foi melhor entre os menores de um
ano de idade, atingindo 92,7%, o que representa quase 2,7 milhões de crianças.
Os estados com as maiores coberturas vacinais, até o momento, são Santa
Catarina (96,2%), Paraná (94,4%), Goiás (93,8%), São Paulo (91,7%), Rio de
Janeiro (90,8%) e Rio Grande do Sul (90,6%). Entre as regiões, o melhor
desempenho é da Sul (93,4%), seguida pelas regiões Sudeste (90,8%),
Centro-Oeste (86,9%), Nordeste (82,2%) e Norte (79,3%).
O
Ministério da Saúde repassou 21,2 milhões de doses da vacina para as
secretarias estaduais e municipais de saúde. Foram destinados R$ 16,7 milhões
para a aquisição das vacinas. Além disso, o Ministério da Saúde investiu R$
37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os fundos dos estados
e dos municípios.
Neste
ano, a campanha acontece em etapa única, sendo no primeiro semestre com a
vacina oral, as chamadas gotinhas. Em agosto, será realizada, em todo o país, a
campanha para atualização dos esquemas vacinais do calendário básico de
vacinação da criança. Assim, a partir de agosto deste ano, as crianças que
estão começando o esquema vacinal, ou seja, nunca foram imunizadas contra a
paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos
quatro meses, com a vacina poliomielite inativada, de forma injetável. Já a
terceira dose (aos seis meses), a dose de reforço (aos 15 meses) e as demais
doses de campanha continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas.
A
coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues,
explica que, embora a campanha siga em ritmo considerado satisfatório, a meta
de 95% de imunizados ainda não foi atingida. “Estamos na reta final. Neste
momento, é fundamental que os pais e responsáveis se conscientizem da
importância de proteger as crianças para que possamos manter o Brasil livre da
poliomielite”, afirmou, frisando que a vacina é segura.
POLIOMIELITE
– A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge
principalmente crianças de até cinco anos. É caracterizada por quadro de
paralisia flácida de início súbito, principalmente nos membros inferiores. Sua
transmissão ocorre pelo Poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas
fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa
contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração
de muitas crianças em um mesmo local favorecem a transmissão.
O
período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da
doença) é geralmente de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A
transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
ELIMINAÇÃO
– O último caso da doença no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994,
o país recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de
eliminação da doença. Embora não haja circulação do vírus no Brasil, neste ano,
16 países registraram casos de paralisia infantil e, em três deles, a doença é
endêmica: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, para evitar a
reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.
A
aplicação das gotinhas tem como objetivo manter o Brasil na condição de país
certificado internacionalmente para a erradicação da poliomielite,
estabelecendo proteção coletiva com a vacinação de todas as crianças menores de
cinco anos no mesmo período. Esta estratégia também permite a disseminação do
vírus vacinal no meio ambiente, ajudando a criar a imunidade de grupo. É importante
ressaltar que não existe tratamento para a pólio, apenas a prevenção por meio
da vacina.
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