MINHA HISTÓRIA
Comecei no rádio em 1990
apresentando um informativo de hora em hora em uma rádio AM no interior da
Bahia, RÁDIO EXTREMO SUL AM. O Departamento de jornalismo produzia e eu apenas
apresentava.
Esse foi o meu primeiro trabalho
como locutor. Aliás, eu me tornei um locutor por acaso, não tinha essa
pretensão. Em 1990, com 19 anos, estava procurando um emprego, qualquer coisa,
afinal de contas precisava trabalhar para ajudar em casa. Tomei conhecimento de
que a rádio da cidade estava precisando de uma pessoa para trabalhar no
conjunto transmissor. Fui até lá e conversei com o diretor artístico, Rui
Ricardo, que ao ouvir a minha voz me convidou para um teste. Meio surpreso com
o convite, porém precisando trabalhar, resolvi aceitar. Fui até a rádio no dia
e hora marcados. _"Me lembro como se fosse hoje". Ele marcou às 19:00
porque a emissora não tinha estúdio de gravação (produção) e eles aproveitavam
a hora do programa "A Voz do Brasil" para usar o estúdio de
programação para produzir os Spots e vinhetas. O teste foi bem simples, eu
tinha que ler um texto jornalístico, só isso. Gravado o texto, o Rui ouviu,
gostou e pediu que eu participasse de um treinamento diário na emissora,
segundo ele, eu tinha uma bela voz, porém precisava ser lapidada. Eu iniciei o
treinamento e depois de alguns dias passei por uma seleção com outro
concorrente e acabei sendo escolhido para apresentar o informativo de hora em
hora da emissora.
Alguns meses depois a emissora me
ofereceu um horário das 13:00 as 16:00 para que eu produzisse e apresentasse um
programa musical. O resultado acabou superando as expectativas da direção da
emissora e eu acabei me consolidando como comunicador. De lá para cá, adquiri
uma vasta experiência apresentando programas musicais em rádios AM e FM. Já
dirigi departamentos de Jornalismo em várias rádios FM e em uma rádio AM.
Nessas emissoras, devido a escassez de recursos, eu tinha que me virar em
muitos. A necessidade me tornou um profissional polivalente.
Hoje entrevisto, atuo na redação,
produção e apresentação de programas noticiosos. Em rádio AM já produzi e
apresentei programas noticiosos, apresentei programas populares, sertanejos e
também românticos. Em FM já produzi e apresentei programas noticiosos,
programas românticos e jovens. Nas emissoras por onde passei também desempenhei
a função de contato publicitário e desenvolvi produtos de mídia que tinham o
objetivo de atrair anunciantes para a emissora, sobretudo, aqueles que não
costumam anunciar.
Ao longo de quase quinze anos
trabalhando na área de jornalismo acabei me tornando um hábil conhecedor da Lei
de Imprensa e sou consciente daquilo que posso publicar ou veicular. A
organização que me é peculiar também proporcionou a mim bons resultados na cobertura,
com entradas ao vivo, de eventos como carnavais, eleições e visitas oficiais de
autoridades a região. Dentre os eventos que tive o privilégio de cobrir, existe
um que para mim foi especial, pela sua importância e complexidade: _ A
Comemoração dos 500 anos do descobrimento do Brasil. Foi um evento grandioso e
eu, trabalhando na rádio Porto Brasil FM, única FM de Porto Seguro (cidade sede
das comemorações), coordenei os trabalhos de cobertura jornalística para a
emissora. Como recursos tecnológicos, usamos celulares, rádios HT com
freqüência exclusiva e LPs da Telemar instaladas em locais estratégicos
previamente determinados. O nosso trabalho foi de um profissionalismo tamanho
que acabou servindo de referência jornalística para mais de trezentos veículos
de comunicação do mundo todo que estavam cobrindo o evento na "Terra
Máter".
Como responsável por departamento
de Jornalismo já veiculei informações que inflamaram os egos e mexeram com o
brio de pessoas influentes e poderosas da comunidade, principalmente políticos.
Daí, posso afirmar que para chefiar um departamento de jornalismo tem que ter
coragem, segurança e tranqüilidade para suportar as pressões e não ceder. Ao
longo de quase sete anos trabalhando com o jornalismo em rádio já recebi muitas
ameaças e pressões de todo o tipo, porém, aprendi a resistir e manter a cabeça
fria. Por diversas vezes exercitei o meu autocontrole.
Poderia contar inúmeras
experiências vividas no rádio, porém, penso que não seja conveniente, afinal,
quem teria tempo para ler um jornal com os meus testemunhos profissionais?
Para o momento é o bastante.
Um grande abraço,
Nilson Chaves
Comentários
Flw velhinho abraços!
Uinderlei Guimarães (Dinho)