Renan pede serenidade e espírito público aos senadores que votarão impeachment
Anderson Vieira
Pedro França/Agência Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), abriu a sessão que decidirá o futuro da presidente Dilma Rousseff pedindo serenidade e espírito público aos senadores no momento da votação do impeachment.
Segundo ele, os colegas devem deixar de lado disputas regionais e questões partidárias para responderem uma única questão: há indício de crime de responsabilidade praticado pela presidente que justifique a abertura de um processo e seu consequente afastamento?
— O povo lutou muito para conquistar o direito de eleger diretamente o presidente. E o Senado tem a prerrogativa constitucional de julgá-lo em caso de crime de responsabilidade. Se entenderem que sim, esta Casa é soberana, e o processo será aberto.Se entenderem que a denúncia é frágil, haverá o arquivamento da matéria — explicou.
O senador fez questão de lembrar que, desde 18 de abril, quando o pedido de impeachment veio da Câmara, nenhuma decisão tomada no âmbito do Senado foi judicializada, prova de que o rito foi equilibrado e justo.
— Fixamos um ritmo não tão célere, que suprimisse as prerrogativas de defesa da presidente, nem tão lento que parecesse procrastinação. Nenhuma discussão judicial contestou o que se fez aqui no senado — afirmou.
Renan Calheiros disse ainda que em nome de imparcialidade não vai votar.
— Fazemos um rito para que a discussão e decisão seja sóbria e rápida. É difícil garantir que seja uma decisão indolor, mas ao menos será uma decisão absolutamente republicana. E é isso que o Brasil espera - concluiu.
A reunião foi iniciada às 10h, com uma hora de atraso. Cada um dos 68 senadores inscritos terá o direito de falar por 15 minutos.
Agência Senado
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