Renan defende a reforma política e o parlamentarismo
Da Redação
Geraldo Magela/Agência Senado
Pouco antes do início da sessão que apreciará o pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros, defendeu nesta quarta-feira (11) a realização de uma reforma política que garanta maior estabilidade para o país. Ele disse ainda que o Congresso Nacional deverá apoiar a realização de reformas "estruturantes" caso o vice-presidente Michel Temer assuma o governo.
— É fundamental o Legislativo cumprir seus compromissos com o Brasil e fazer as reformas. Não fizemos algumas reformas institucionais, principalmente a reforma politica e a do financiamento de campanhas eleitorais. Se não fizermos a reforma politica e não atualizarmos a Lei do Impeachment, vamos ter vários eventos semelhantes a esse na nossa história — advertiu Renan.
O presidente do Senado disse que em todos os momentos torceu para que o pedido de impeachment não chegasse ao Senado, por ser um processo "longo e traumático". Para ele, a atual crise política demonstrou mais uma vez as falhas do regime presidencialista. Por isso, declarou-se "cada vez mais parlamentarista".
Votação
Renan anunciou ainda que não votará nem na sessão de hoje, nem na sessão de julgamento final do processo de impeachment.
— O presidente do Senado não deve votar em nenhuma circunstância. Estou lutando para manter a independência, a isenção e a imparcialidade. Votar seria negar tudo isso que fiz até agora — afirmou.
Caso o Plenário decida pela abertura do processo de impeachment, informou Renan, ele fará na quinta-feira (12) a citação da presidente da República. Ele informou que ainda conversará com ela sobre os detalhes dos procedimentos necessários.
Agência Senado
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