Por que o impeachment não é a medida mais adequada para o caso Dilma Rousseff / Michel Temer
HYAGO DE SOUZA OTTO Muito se discute acerca do impeachment da Presidente da República Dilma Rousseff, sobretudo pelos recentes acontecimentos, que evidenciaram não só as graves ofensas à Lei de Responsabilidade Fiscal perpetradas pela ilustre representante do executivo (pedaladas fiscais), mas também pela publicização da delação premiada de Delcídio do Amaral que trouxe à tona outro fato: a Presidente não só sabia dos ilícitos envolvendo a refinaria de Pasadena, como teve influência direta e agiu para que o fato fosse concluído. Ainda, o Juiz Federal Sérgio Moro, baseando sua decisão em parâmetros principiológicos constitucionais do processo (publicidade, transparência, forma de governo republicana), em prol de alegado interesse público envolvido, resolveu escancarar as gravações entre Luiz Inácio da Silva (Lula) e Dilma Rousseff - oriundas de grampos decretados em face daquele -, corroborando todas as provas anteriores de que, de fato, o Ministério da Casa Civil foi conferido a Lula