Vereador Portugal pede vistas ao Projeto e reajuste de servidores da Educação é adiado

NILSON CHAVES


Os servidores da Educação do município de Itamaraju terão que esperar mais um pouco, pois o reajuste autorizado pela Prefeitura não foi votado pela Câmara. Na manhã de terça-feira (10/03), durante a leitura do Projeto de Lei do Executivo que reajusta os valores dos vencimentos dos integrantes do magistério de Itamaraju, o vereador Antonio Portugal (PT), pediu vistas ao Projeto e ele foi recolhido para posterior apreciação.


O questionamento de Portugal é quanto à diferença entre os valores pagos aos servidores do quadro suplementar e os valores pagos ao pessoal do quadro permanente. Portugal defendeu que no último reajuste, essa diferença era de aproximadamente 30% e, no atual, a diferença foi reduzida para 5%. O petista chegou a afirmar que houve perda salarial de parte da categoria, “a APLB/Sindicato sentou com a Administração, mas cometeu esse lapso, não observou que a diferença entre as categorias diminuiu, eles me ligaram e hoje sete da manhã nos encontramos, e eles me pediram para fazer essa discussão com os vereadores e depois com o Executivo, antes de votar o projeto”, defendeu.

O edil Luiz Pita esclareceu que não houve perda, apenas um aumento nas gratificações de quem ganhava menos, “por isso a diferença entre quem ganhava mais e quem ganhava menos diminuiu”, explica. E foi exatamente isso que o atual gestor determinou que fosse feito, concedeu o gatilho do Piso Nacional da Educação para toda a categoria e reajustou as gratificações dos servidores que estavam há mais tempo sem reajuste.



O vereador Valzão defendeu que a questão fosse resolvida entre o sindicato e a Prefeitura. Ele protestou contra o que chamou de prejuízo causado aos alunos do município na ocasião da última greve da categoria, “os prejudicados foram os nossos alunos, porque os professores não repõem essas aulas, diz que vai repor, mas isso é conversa fiada, isso é balela, não repõe, e as crianças são prejudicadas, fora o que eles já faltam além do normal (...) o sindicato usa essa Casa como bucha de canhão e depois quando consegue o que quer vira as costas e vai embora”, disparou Valzão, defendendo a participação dos pais de alunos nessas discussões.

Vereador Keu de Júlio Martins lamentou a ausência da APLB/Sindicato e da categoria na sessão que iria discutir um assunto do seu interesse. O vereador também criticou a intervenção tardia do sindicato, “eles sentaram com a Administração e tinham conhecimento de tudo que foi feito, por que só agora questionam”, indaga.


Rubens do Hospital congratulou-se com a Prefeitura Municipal de Itamaraju por conta do reajuste, afirmando que muitas das prefeituras da região não autorizaram ainda o pagamento do novo Piso Nacional da Educação. Rubens criticou a postura do sindicato no processo, defendendo que antes de deflagrar uma greve, que só prejudicou os alunos e a qualidade do ensino público do município, os dirigentes do sindicato deveriam inclusive procurar os vereadores para se discutir a situação. “A APLB deveria ter nos procurado porque sabe que nós vereadores sempre nos posicionamos a favor da categoria”, disse.

A Prefeitura recebeu com estranheza o argumento do sindicato. Para a gestão, a tabela de revisão das remunerações e gratificações foi elaborada de forma minuciosa com a participação de vários técnicos do município e supervisão do procurador do município Esterfeson Marcial. Além disso, tudo foi feito as claras, com conhecimento do sindicato. A preocupação da Prefeitura é a de aprovar o Projeto de Lei em tempo hábil para que os reajustes sejam feitos já na folha de março. Existe também a preocupação com o pagamento das diferenças referentes aos retroativos de janeiro e fevereiro, que serão pagas nas folhas de março e abril, respectivamente.

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