Prefeita Mayra pode sofrer sua primeira derrota na Câmara de Prado

NILSON CHAVES - COCOBONGO 

A prefeita de Prado, Mayra Pires Brito (PP), está prestes a sofrer sua primeira derrota na Câmara Municipal. Talvez por capricho ou por precisar atender a um compromisso de campanha, a prefeita decidiu modificar os requisitos básicos exigidos para o cargo de Coordenador da Vigilância Epidemiológica. O problema é que a mudança não tem alcançado aceitação popular sendo vista com certa desconfiança até por vereadores da situação. 

Na sessão da última segunda-feira (11/03) o vereador Mario Luiz de Oliveira Junior (PDT) já antecipou que vai se posicionar contrário ao Projeto de Lei 002/2013. O vereador, que é formado em veterinária, defendeu que, para ocupar o cargo, é necessário que a pessoa deva sim ter concluído um curso que tenha a epidemiologia em sua grade curricular. Opinião compartilhada pelo colega de bancada Tadeu Monteiro Soares (PTC), que também se manifestou contrário ao Projeto de Lei da modificação dos requisitos para o cargo de Coordenador de Vigilância Epidemiológica. 

Roberto de Oliveira Dias, do mesmo partido da prefeita (PP), também fez questão de disparar contra o Projeto de Lei, segundo o vereador, existe um “zum zum zum” de que a prefeita pretende nomear uma pessoa da Educação para o cargo. Robertinho afirmou com veemência que vai ser contrário ao Projeto de Lei, porque entende que o ocupante do cargo deve ser do meio da Saúde e tem que estar “inteirado” dos problemas do município. 

A vereadora Bruna Giorno foi mais uma que combateu o Projeto de Lei. Para ela o PL da Vigilância Epidemiológica é inconstitucional. Fazendo as contas, até aqui já são quatro votos contrários ao PL 002/2013, no entanto dois outros vereadores certamente vão votar contra: Gilvan Produções e Moreia. Somando tudo chegamos a seis votos contra quatro, já que o presidente só vota em caso de empate. 

Gilvan da Silva Santos, ou ‘Gilvan Produções’ (PC do B), garantiu em seu pronunciamento que vai votar contra o PL porque esse não é um assunto de interesse da comunidade, mas apenas interessa a prefeita, que precisa adequar o cargo às características da pessoa que ela escolheu para ocupá-lo. Além disso, Gilvan defende que o Coordenador da Vigilância Epidemiológica deve ser alguém da área, “como é que eu vou contratar um professor pra fazer esse trabalho”, questionou o edil. 

Gilvan também criticou o PL que autoriza contratação temporária. Ele disse que apoia a geração de empregos, mas está preocupado com os critérios que serão utilizados pela Prefeitura para essa contratação, “será que vão contratar pessoas de Prado, ou será que a nossa prefeita vai privilegiar mais uma vez as pessoas de fora”, questionou, afirmando que recentemente a prefeita dispensou toda a equipe do SAMU, formada por pessoas de Prado, para dar emprego a pessoas de outras cidades, “estão desempregando nosso povo pradense pra dar emprego aos de fora, o que é isso?”, indagou. 

Gilvan ainda sugeriu que ao invés de se fazer mais de 700 contratos temporários, a Prefeitura poderia realizar um concurso público, o que daria aos moradores a condição de entrar no serviço público de forma definitiva. Gilvan também apresentou requerimento verbal solicitando da Prefeitura à relação do pessoal que está trabalhando no SAMU com seus respectivos endereços. O Projeto de Lei que propõe modificações nos requisitos para ocupar o cargo de Coordenador de Vigilância Epidemiológica deve ser posto em votação na próxima sessão.

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