Vereadora Marinalva de Alcobaça chama a atenção para o problema do CEA

NILSON CHAVES 

Escola foi demolida pelo prefeito Leo Brito, foram investidos cerca de R$ 4 milhões na construção do novo prédio que até o momento, não está pronto 

Quem esteve presente na primeira sessão legislativa ordinária da Câmara Municipal de Alcobaça ocorrida na noite da última segunda-feira, dia 18, acompanhou o pronunciamento da vereadora Maria Albina da Conceição Bandeira (PV) – ‘Marinalva’, que quebrou o protocolo de uma sessão solene para dar maior publicidade a um problema que tem incomodado a comunidade alcobacense, sobretudo aos envolvidos com a Educação. 

Em tom de sensibilização a vereadora falou sobre a situação precária em que se encontra o Centro Educacional de Alcobaça – CEA. Há cerca de dois anos, sem consultar o Conselho Municipal de Educação e os pais dos alunos, o então prefeito Leonardo Coelho Brito anunciou que iria construir um novo CEA e mandou de imediato que a antiga estrutura fosse demolida. Para a vereadora, não precisava demolir, a estrutura era forte e bastava uma boa reforma. 

Ainda de acordo com Marinalva, foram investidos aproximadamente R$ 4 milhões na obra, dinheiro suficiente para construir três escolas daquele porte e, até o momento, nada foi concluído. O mais preocupante é que até a estrutura que foi implantada pode ter que ser reconstruída, “não precisa ser engenheiro pra perceber que aquela obra do jeito que foi levantada oferece risco a quem tiver que frequentar o local, eu temo pelos estudantes, aquilo corre o risco de desabar a qualquer momento”, enfatiza a parlamentar. 

Localizado a Rua Pedro Álvares Cabral, número 137, no Cajarana, o CEA tem tido ao longo dos anos mais de mil alunos por ano. Grande parte das pessoas que moram em Alcobaça já frequentou aquela unidade, inclusive o atual prefeito e a vereadora Marinalva. 

O Centro Educacional de Alcobaça existe com esta denominação autorizada pelo MEC desde 1974, época em que funcionava com os antigos cursos de 1º e 2º Graus, e, teve sua primeira turma de professores formada em 1976. Entretanto, existem relatos históricos de que a instituição já existia desde 1969 quando funcionou com outra denominação, a de ‘Ginásio Garcia Júnior’, tendo como primeira diretora a professora Eunice Jerônimo de Oliveira. 

Por conta do problema, as aulas que se iniciariam em 18 de fevereiro tiveram que ser adiadas por uma semana, entretanto, seguramente, os alunos não poderão frequentar as instalações da instituição, pelo menos por enquanto. Numa reunião realizada na última sexta-feira foi decidido que as turmas serão abrigadas em outras escolas do município até que o problema seja resolvido. Marinalva responsabilizou a gestão passada, tanto a Prefeitura quanto a Câmara Municipal, pela situação em que se encontra a escola, “faltou fiscalização”, afirmou, alertando os colegas que não sigam aquele exemplo. 

A vereadora também fez uma crítica a representante do Ministério Público que realizou uma reunião para tratar do problema e afirmou que o prefeito atual deve dar continuidade a construção iniciada na gestão passada, “infelizmente no caso do CEA não há como dar continuidade naquela obra, se bater um vento forte é arriscado tudo vir a baixo, então não está havendo falta de iniciativa do gestor nem da Câmara”, defendeu. 

Questionado por nossa equipe sobre o problema, o prefeito Bernardo Olívio Firpo Oliveira (PV) informou que solicitou ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas dos Municípios todos os documentos com as informações do que foi feito e de como foi feito para que a Prefeitura possa tomar as medidas cabíveis no sentido de reviver o CEA. 

Bernardo afirmou que está sensível ao problema até porque já estudou no Centro e tem grande apreço pela instituição, “aquela escola faz parte da minha vida, estudei lá, foi lá que me eduquei, por isso tenho um carinho muito grande pelo Centro Educacional de Alcobaça e a população pode ficar tranquila porque vamos sim reativar o CEA”, ressalta. 

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