Campanha contra a pólio deve vacinar 63,46 mil crianças no Extremo Sul
Este número representa
95% do público alvo, formado por 66,797 mil menores de cinco anos
Por Nilson Chaves
Com informações da SESAB e de Amanda Costa e Jorge Alexandre Araújo, da Ascom/MS
O
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na última quarta-feira (13) a
realização de mais uma campanha nacional de vacinação contra a poliomielite. A
campanha inicia neste sábado (16), se estendendo até o dia 06 de julho, e será
realizada em parceria com estados e municípios. A meta é imunizar, contra a
paralisia infantil, 95% do total de 14.1 milhões de crianças menores de cinco
anos de idade, o que representa 13,5 milhões. Todas as crianças menores de 4
anos, 11 meses e 29 dias devem tomar as duas gotinhas, mesmo que já tenham sido
vacinadas.
Durante
a apresentação da campanha, o ministro Alexandre Padilha, reforçou a
importância do Dia D . “Além de todos os impactos positivos e um grande poder
de mobilização, a campanha da pólio contribui para a atualização do calendário
de vacinação”, assegurou Padilha, destacando que os pais têm um papel decisivo
neste processo. O ministro lembrou que o Programa Nacional de Imunizações
(PNI), do Ministério da Saúde, é um dos maiores programas gratuitos do mundo.
Segundo ele, o PNI vem contribuindo para diminuir a mortalidade na infância no
Brasil.
Em
todo o país, 115 mil postos estarão funcionarão, das 9h às 17h. Além das
unidades permanentes, rodoviárias, escolas, entre outros locais, vão receber
postos móveis. Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na campanha, com a
utilização de 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
Serão
distribuídas 23 milhões de doses da vacina oral. O Ministério da Saúde está
investindo R\$ 37,2 milhões em repasses do Fundo Nacional de Saúde para os
estados e municípios. Além deste valor, o Ministério da Saúde também destinou
R\$ 16,7 milhões para a aquisição das vacinas. Neste ano, a campanha acontecerá
em etapa única.
O
secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, explicou que a campanha
deste primeiro semestre é com a vacina oral, as chamadas gotinhas. Ele destacou
que, em agosto, será realizada, em todo o país. a campanha de multivacinação
com a introdução da pentavalente e reforço das outras vacinas no calendário
básico.
A
partir de agosto deste ano, as crianças que estão começando o esquema vacinal,
ou seja, nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a
primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a vacina
poliomielite inativada, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis
meses), a quarta dose (aos 15 meses) e os reforços continuam com a vacina oral,
ou seja, as duas gotinhas.
A
DOENÇA
A
poliomielite é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge,
principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que
entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a
fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento
na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local,
favorecem a transmissão.
O
período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da
doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A
transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação.
O
poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí,
espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os
músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa
músculos respiratórios ou de deglutição.
Na
Bahia o público alvo corresponde a 1.080.715 crianças e foram enviadas para o
estado 1.621.100 doses da vacina. O Extremo Sul tem uma demanda de 66.797
crianças, mas a meta é alcançar pelo menos 95% deste total, ou 63.457. Os
municípios com maior número de crianças a serem vacinadas são Porto Seguro (12.257),
Teixeira de Freitas (11.794), Eunápolis (8.815), Itamaraju (5.701), Mucuri (3.489)
e Nova Viçosa (3.372).
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