Bahia: Itamaraju é destaque no interior na geração de empregos formais
O interior da Bahia foi
responsável por 53,4% dos 11.809 empregos com carteira assinada criados entre
janeiro e março deste ano, tendo destaque os municípios de Feira de Santana,
Itamaraju, Vitória da Conquista, Brumado, Muritiba e Serrinha, com 21,82%.
As informações são do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), analisadas pela
Secretaria de Planejamento (Seplan). De acordo com o secretário
do Planejamento, José Sergio Gabrielli, o dinamismo da economia baiana é fruto
de um processo contínuo de descentralização do desenvolvimento e um fato que
comprova isto é que, nos últimos cinco anos, foram gerados mais de 219 mil
novos empregos no interior.
O protagonismo da capital
baiana nos setores da Construção Civil (1.213) e Serviços (5.042) ainda é
evidente, mas municípios como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Brumado e
Serrinha demonstram força econômica, tendo gerado juntos 1.725 novos postos de
trabalho na Construção Civil e 1.968 no setor de Serviços, no primeiro
trimestre de 2012.
O presidente do Sindicato
da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Carlos Alberto
Lima, avalia que três fatores contribuem para a expansão da Construção Civil no
Estado. “O primeiro é o crescimento do mercado imobiliário; o segundo, o
lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida II em diversos municípios; e, por
fim, as paradas de manutenção das indústrias de petróleo e gás em Candeias,
Camaçari e Dias D’Ávila”, destaca.
Até o momento, a Bahia
contratou 35 mil imóveis no Minha Casa, Minha Vida II, sendo que na primeira
edição do programa, o estado foi o campeão de contratações, com 104.731
residências. Os imóveis vão ser construídos nas cidades com menos de 50 mil
habitantes.
Agropecuária
Dos 1.014 novos postos de
trabalho criados no setor de Agropecuária, Extração Vegetal e Pesca, no
primeiro trimestre, os municípios de Itamaraju e Muritiba foram responsáveis
por 90,3% das contratações. O cenário positivo é reflexo, sobretudo, da
colheita do café.
Os resultados do Caged na
Bahia poderiam ter sido ainda melhores, caso o estado não estivesse sofrendo
com a seca, que já levou à decretação de estado de emergência em 204 municípios
baianos até a manhã de hoje (17).
O diretor de Pesquisas
Sociais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI),
autarquia da Seplan, Denílson Lima, explica que são normais situações sazonais
e climáticas impactarem de forma imediata na questão econômica.
“Se os empresários
percebem que o setor no qual estão inseridos tem problemas, no caso, a seca,
eles começam a ter uma perspectiva negativa. De imediato, até por uma questão
de redução de custos, eles tendem a demitir”, ressalta Lima.
Assessoria de Comunicação
da Seplan
Comentários